Em matéria do Valor Econômico de 3 de agosto, o economista José Alexandre Scheinkman, da Universidade de Princeton (EUA), afirmou que “o momento atual, em que os juros no mercado externo estão baixos, se apresenta como uma oportunidade para que o Brasil invista em infraestrutura e melhore sua produtividade, dois grandes gargalos para o desenvolvimento do país. Mas para aproveitar esse momento, o país precisa criar regras estáveis para a atração de capitais”.
O Brasil vive dois extremos em termos de produtividade, diz o economista. De um lado, apesar da infraestrutura deficiente e de um ambiente legal inadequado, a agricultura brasileira cresceu mais rápido do que a sua concorrente nos EUA nas últimas duas décadas (1990/2009).
O desempenho é explicado pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), pelos ganhos de escala e pelo fato de o setor estar exposto a um mercado global competitivo. Em contrapartida, na indústria de transformação a produtividade do trabalho piorou mais de 1% ao ano no Brasil no mesmo período. A análise considera como parâmetro a chamada Produtividade Total dos Fatores (PTF), conceito que leva
em conta quanto se produz com uma quantidade fixa de fatores como capital e trabalho.
“Uma das lições da agricultura é que pode se ter muito progresso resolvendo alguns e não todos os problemas”, diz Scheinkman. Ele diz que o Brasil deveria pensar por que a experiência de P&D da agricultura, via Embrapa, não foi repetida em outros setores da economia. Se o Brasil quiser obter ganhos de produtividade, afirma, é preciso garantir arcabouço legal e regulatório melhor e fazer mais P&D. A pouca integração do país à economia mundial e a carência na infraestrutura também pesam.
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Fonte: Sinduscon/SP