Os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada na última terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam sinais claros da precarização nas relações de trabalho. Essa é a avaliação do vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. “Uma grande conquista do nosso setor nos últimos anos foi o ganho de produtividade com a formalização emprego, e isso está começando a se perder com a informalização das relações de trabalho, com todas suas consequências.”
Outro ponto negativo, segundo Zaidan, são os impactos fiscais gerados pela perda de arrecadação e contribuições para Previdência e Fundo de Garantia.
O maior número de trabalhadores por conta própria por falta de alternativas formais, é um paliativo para amenizar o impacto da crise sobre as famílias.
No terceiro trimestre, o total de ocupados em todo o país permaneceu relativamente estável em relação ao anterior e ao igual período de 2014, de acordo com dados do IBGE. Já o número de empregadores cresceu, mas representa uma parcela menor do contingente. Por outro lado, houve queda no número de empregados com carteira de 3,37% na comparação trimestre contra mesmo trimestre do ano passado.
Considerada a posição na ocupação, o número de trabalhadores por conta própria aumentou 3,54% no terceiro trimestre contra igual período de 2014.
Dinâmica na construção
Embora não sejam abertos os dados por atividade, considerando os números da construção o setor deve estar contribuindo fortemente para essa dinâmica. Para a construção o resultado é: queda de 3,97% na comparação do trimestre contra o mesmo trimestre de 2014; o equivalente a um corte de 302 mil vagas. Na comparação com o trimestre anterior foi apurada alta de 2,44%.
A pesquisa do SindusCon-SP/FGV para o terceiro trimestre mostra queda de 12,68% no total de trabalhadores com carteira assinada na construção na comparação com igual período do ano anterior.
Fonte: Sinduscon-SP