A presidente Dilma Rousseff disse na manhã da segunda-feira (9), durante seu programa de rádio “Café com a presidenta”, que o programa “Minha Casa Minha Vida” deverá entregar 2.750 milhões de imóveis até o final de seu governo.
Dilma iniciou o programa fazendo um balanço do benefício. “Tenho andado muito pelo país e sei o quanto o Minha Casa Minha Vida mudou a vida de milhões de pessoas. Já contratamos 2,065 milhões de moradias. Se a gente somar tudo o que foi contratado no meu governo com as casas contratadas no governo Lula, são mais de 3 milhões de moradias em todo o país. Desse total, já entregamos mais de 1,4 milhão de casas e apartamentos. É por isso que o Minha Casa Minha Vida é um sucesso. É o maior programa habitacional da história deste país. Estamos atendendo famílias, que, sem o apoio e os recursos do governo, não poderiam nem sonhar em ter a casa própria. Mas, agora, elas estão realizando o sonho de receber a chave da casa, de ter o seu lar. A casa é onde a gente se sente feliz”.
A presidente disse que pretende entregar 2.750 milhões de casas até o final de seu governo. “Ainda vamos contratar mais 700 mil casas de agora até o final do ano que vem, porque a nossa meta é chegar com 2,750 milhões de casas contratadas somente durante o período do meu governo, de 2011 até o final de 2014. Como já contratamos 2,065 milhões, faltam 700 mil casas para serem contratadas”.
Zona rural
Dilma falou ainda sobre o programa na zona rural. “Essa é uma grande novidade: chegamos, agora em novembro, a 100 mil casas contratadas na zona rural, e elas estão espalhadas por todos os estados. Isso mostra que o Minha Casa Minha Vida está chegando onde nenhum outro programa habitacional chegou antes neste país. São agricultores e trabalhadores rurais que moravam em casas de taipa, de madeira ou mesmo em casas de alvenaria muito precárias, e que agora estão conquistando uma moradia digna”.
Em seguida, a presidente explicou como o benefício funciona. “Na zona rural, o Minha Casa Minha Vida tem regras diferentes: o crédito é de até R$ 30.500,00 para a Região Norte e de até R$ 28.500,00 para o restante do país. As famílias com renda de até R$ 15 mil por ano pagam 4% do valor do empréstimo em 4 anos e o restante é pago pelo governo federal sob a forma de subsídio. Já as famílias que ganham entre R$ 15 mil e R$ 30 mil por ano têm um subsídio de R$ 7.610,00. O restante são elas que pagam. E as famílias que ganham entre R$ 30 mil e R$ 60 mil por ano têm acesso a um juro subsidiado de 7,16% ao ano ao tomar um empréstimo da casa própria. Do mesmo jeito que ocorre no Minha Casa Minha Vida das áreas urbanas, sem o subsídio do governo federal, a maioria dos beneficiados das áreas rurais não teria como pagar o imóvel. O Minha Casa Minha Vida Rural funciona assim: as famílias procuram a prefeitura, o governo do estado ou, então, a sua associação, o seu sindicato ou a sua cooperativa. Aí é feito uma lista das
pessoas que estão querendo construir ou reformar a casa. Em seguida, eles procuram a Caixa. É lá que sai o financiamento que pode ser usado para construir ou para reformar a casa antiga. Na zona rural, a casa pode ser feita por uma construtora, ou em um esquema de mutirão ou também pelo próprio agricultor”.
“Na área urbana, o Minha Casa Minha Vida financia imóveis para quem ganha até R$ 5 mil. Para a faixa 1, que é quem recebe menos, de R$ 1.600,00/mês de salário, o governo paga até 96% do valor do imóvel, e a prestação não pode passar de 5% da renda familiar. O prazo para o pagamento é de até dez anos. Na faixa 2, para quem ganha de R$ 1.600,00 a R$ 3.275,00, o beneficiado pode ter um subsídio de até R$ 25 mil. Na faixa 3, para quem ganha de R$ 3.275,00 até R$ 5 mil, o subsídio está no pagamento de apenas 15% do valor do seguro e na taxa de juros de 7,16%”.
Fonte: G1