A indústria da construção continua operando abaixo do usual e com alta ociosidade. A Sondagem Indústria da Construção de julho, divulgada nesta quarta-feira, 23, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registra queda da atividade e do emprego no setor no mês passado, embora em menor ritmo que o observado em junho.
Pelo estudo, o índice de nível de atividade da construção aumentou para 44,3 pontos em julho, 1,5 ponto superior ao de junho, e o índice de número de empregados subiu de 41,8 pontos em junho para 42,6 pontos em julho. Os indicadores variam de zero a cem pontos e, quando estão abaixo dos 50 pontos, revelam retração.
O nível de utilização da capacidade de operação ficou em 56% em julho, oito pontos porcentuais abaixo da média histórica para o mês, segundo a CNI. O indicador de nível de atividade efetivo em relação ao usual teve uma leve alta, de 29,6 pontos em junho para 30,4 em julho. Na prática, no mês passado, 44% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal do setor ficaram parados.
Mesmo com o desempenho fraco registrado há meses, os empresários da construção se mostraram menos pessimistas na pesquisa. Os indicadores de expectativas para os próximos seis meses para o nível de atividade, contratação de novos empreendimentos e serviços, compra de insumos e matérias-primas e número de empregos ficaram todos próximos da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.
O índice de expectativa do nível de atividade ficou em 49,8 pontos, o de número de empregados subiu para 48,2 pontos e o de novos empreendimentos e serviços alcançou 48,4 pontos.
Além disso, o índice de confiança do empresário do setor aumentou 1,9 ponto em relação à pesquisa anterior e ficou em 50,3 pontos. “A expectativa de retomada da economia e de manutenção do ciclo de queda dos juros contribuíram para a melhora das perspectivas dos empresários da construção”, afirma em nota a economista da CNI Flávia Ferraz.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 10 de agosto com 624 empresas, das quais 209 pequenas, 289 médias e 126 de grande porte.
Fonte: DCI