A melhora nas perspectivas dos construtores mineiros quanto ao futuro da economia nacional ajudou a alavancar o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG), que iniciou 2017 em alta. Em janeiro, o indicador subiu 3,9 pontos na comparação com dezembro e fechou em 47,4 pontos. Apesar de ainda estar em patamar de desconfiança, quando confrontado com o mesmo mês de 2016, o Iceicon-MG registrou expressivo incremento de 19,3 pontos, o que mostra que a descrença do setor foi diminuindo ao longo dos últimos 12 meses.
De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), responsável pelo índice ao lado da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), foi o melhor resultado dos últimos três anos para janeiro. O indicador de expectativas, um dos componentes do Iceicon e apontado como o principal responsável pelo seu crescimento, aumentou 5,9 pontos e ficou em 53,5 pontos. Com isso, os empresários voltaram a sinalizar confiança no futuro após dois meses.
Economista e coordenador sindical do Sinduscon-MG, Daniel Furletti explica que a perspectiva de inflação menor em 2017 (em torno de 4,5%), assim como de taxas de juros mais baixas e de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,5% influenciou o humor da construção civil quanto às expectativas para os próximos seis meses.
“A gente percebe que o ano começou mais positivo. Isso reflete um pouco da conjuntura econômica. Hoje, a gente tem uma inflação bem menor – estamos com perspectiva de 4,5% para 2017. Esperamos crescimento de 0,5%, pequeno, mas indica que pelo menos deixou de cair. Então, houve um cenário que desarmou o ambiente perverso que era a estagflação. Isso refletiu nas expectativas dos empresários”, analisa.
Sobre as condições de negócio, os construtores permanecem muito insatisfeitos, indicam os 35,3 pontos apurados em janeiro. Em relação a dezembro (35,2 pontos), o indicador se manteve praticamente estável. O pessimismo se dá tanto com a situação do Brasil (34,1 pontos), como do Estado (31,6 pontos) e da empresa (37 pontos).
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Fonte: Diário do Comércio