Em Minas Gerais, os empresários da indústria da construção estão confiantes no futuro, apostando que novos empreendimentos surgirão nos próximos seis meses e dispostos a investir. Por outro lado. pelo terceiro mês consecutivo, eles demonstram insatisfação com as condições atuais do negócio. Isto é o que mostra a pesquisa índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon), realizada em janeiro, mês em que o índice chegou a 58,6 pontos, maior desde setembro do ano passado, quando alcançou 58.8 e quatro pontos acima do Iceicon de dezembro.
O que explica esse otimismo, segundo o coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, é a própria situação do país e do Estado, com emprego em alta, renda e crédito disponível, além de perspectivas melhores para a economia.
“Há a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3,5% e os gestores, principalmente do governo federal, mostram o foco no investimento, o que passa pela construção civil”, ressalta.
Os empresários estão esperançosos também de que as medidas de apoio ao setor – como a desoneração da folha de pagamento, redução de impostos e linhas de capital de giro com juros mais baixos contribuam para um cenário melhorem 2013.
O único item da pesquisa que ficou abaixo da linha de otimismo (50 pontos) foi o que se refere às condições atuais do negócio, que atingiu 48,5 pontos em janeiro, queda pelo terceiro mês consecutivo.
De acordo com a gerente de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Erika Cristina Mendes Amaral, “esse pessimismo é normal no início do ano, já que janeiro em geral é um mês mais fraco para quase todos os setores”. O que tem animado os empresários, lembra, são os grandes eventos, como a Copa do Mundo, e um mercado imobiliário que já não usufruirá do boom de alguns anos atrás, mas que abre boas perspectivas. “As expectativas para os próximos seis meses são bastante positivas”, ressalta.
De fato, no item “condições de negócio da empresa”, os empreendedores estão confiantes, com índice de 50,5 pontos. Já em relação aos próximos seis meses, os dados apontam o maior otimismo desde maio do ano passado, quando o índice chegou a 64,8 pontos, enquanto em janeiro ele foi de 63,8 pontos. Os dados indicam uma boa projeção tanto para a empresa (66,9 pontos), quanto para a economia do estado (58.5) e do país (58,2).
Atividade – Os industriais da construção também têm boas perspectivas em relação ao aumento no nível de atividade (55,8 pontos) e, por conseqüência, na compra de matéria-prima (55,2) nos próximos seis meses. Da mesma forma, impera o otimismo no setor quando o assunto são novos empreendimentos (54,2 pontos) e contratações (53,7).
Os números foram aferidos pela Sondagem da Construção de Minas Gerais junto a 33 empresas do setor, consultadas pela Fiemg. em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sinduscon-MG.
Fonte: Diário do Comércio