O setor da construção civil fechou 441 mil vagas de emprego formais entre outubro de 2015 e outubro deste ano, uma queda de 14,66%, segundo levantamento do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP). Ainda de acordo com a pesquisa o ramo emprega agora cerca de 2,64 milhões de pessoas, contra 3,08 milhões há um ano.
As maiores quedas foram registradas em Rondônia (40,5%), no Pará (25,9%) e no Piauí (21,4%). Em São Paulo foram fechados 11,3% dos postos de trabalho na indústria da construção no período de 12 meses.
A redução do nível de emprego reflete a retração enfrentada pelo setor nos últimos dois anos. O Indicador de Atividade das Empresas da Construção Civil, elaborado em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), acumula queda de 19,3% de janeiro a setembro deste ano. O índice, que leva em consideração o patamar de emprego e a produção da indústria, caiu 13,71% em 12 meses ( de setembro de 2015 ao mesmo mês de 2016).
“A gente chegou ao fundo do poço”, disse a economista da FGV, Ana Maria Castelo, para explicar porque em termos relativos o desempenho do setor medido pelo índice foi, neste ano, um pouco melhor do que no ano passado, quando o indicado ficou mais de 20% negativo. “Em termos relativos o pior já passou”, enfatizou.
Previsões
As previsões indicam, no entanto, que a indústria da construção deve continuar a reduzir os contigentes de trabalhadores durante os próximos meses. Para este ano, a estimativa é que a queda no nível de emprego fique em 14,5%, o que significa que até dezembro o número de pessoas trabalhando no ramo deve ser de 2,43 milhões, o mesmo patamar de agosto de 2009. “São números bastante ruins que dão a dimensão do que está acontecendo na atividade de um setor intensivo em mão de obra”, disse Ana Maria ao apresentar os dados.
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Fonte: Boa Informação