A programação do Fórum Horizontes do Saneamento, promovido pela Sanepar, contou com a apresentação do professor do Instituto para Fornecimento de Água, Qualidade da Água e Gestão de Resíduos Sólidos da Universidade de Stuttgart, na Alemanha, Klaus Fischer. O professor discutiu as alternativas para o gerenciamento de resíduos no Brasil e no mundo.
“A produção de plástico no Brasil é muito alta, representa 18,8% do lixo urbano coletado. Por isso, o desafio é buscar alternativas de gerenciamento dos resíduos sólidos com baixíssimo custo”, alertou Fischer.
Para solucionar o problema, além das técnicas de separação do lixo já conhecidas, Fischer propõe a incineração e a agregação das cinzas ao cimento destinado à construção civil. Outra proposta do professor é a geração de energia pelo aproveitamento dos gases emitidos nos aterros sanitários.
Lodo esgoto
Experiências que utilizam a secagem e a incineração do lodo de esgoto também foram apresentadas no Fórum Horizontes do Saneamento.
O painel foi mediado pelo diretor de Meio Ambiente e Ação Social, Péricles Weber, e teve a participaçao de Mike Weeks e Mehdi Hashemian, que atuam em uma empresa que presta serviços em todos os continentes, e Hideo Yamamoto, chefe de pesquisa da Japan Sewage Works Association.
O tratamento de esgoto gera grande volume de um subproduto, o lodo de esgoto. Este resíduo, formado por vários componentes, precisa de destinação adequada. A secagem do lodo é uma opção para reduzir o volume e os custos de transporte.
“Após passar pelos processos de desidratação e secagem, o volume de esgoto pode ser 95% menor”, afirmou Mike Weeks. Ele também disse que, mesmo seco, o lodo de esgoto pode ser utilizado na agricultura e apresentou quatro tipos de tecnologias que podem chegar a este resultado.
No Japão, além de ser destinado para agricultura, o lodo de esgoto é utilizado na geração de combustíveis para usina termoelétrica e para veículos a gás. O principal processo de redução de volume é a secagem, por meio de várias tecnologias, como desidratação em fornos e a carbonização. Os gases de saída também são tratados.
Fonte: CBIC