A atividade e o emprego na indústria da construção caíram de forma mais intensa em outubro. O índice de nível de atividade atingiu 40 pontos no mês passado frente a 41,5 pontos em setembro. O indicador de número de empregados assinalou 37,7 pontos ante 39,7 pontos em setembro. As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (23). Os indicadores variam de zero a cem. Quando estão abaixo de 50 revelam redução da atividade e do emprego em relação ao mês anterior.
De acordo com a pesquisa, o fraco desempenho da indústria da construção é reforçado pela alta ociosidade e pela operação abaixo do usual há diversos meses. Em outubro, o setor operou, em média, com 56% da capacidade, oito pontos percentuais inferior a média histórica para o mês. Já o indicador de atividade efetivo-usual caiu 0,7 ponto em relação a setembro e atingiu 27,8 pontos em outubro.
EXPECTATIVAS – O cenário recessivo mantém os empresários do setor pessimistas em novembro. O índice de expectativa do nível de atividade foi de 45,5 pontos, o de compra de insumos e matérias-primas registrou 43,9 pontos e o de número de empregados assinalou 44,2 pontos. Já o indicador de perspectivas para novos empreendimentos e serviços permaneceu estável em 44,7 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos sinalizam pessimismo.
Com isso, a disposição para investir permanece muito baixa. O índice de intenção de investimento caiu em novembro, após acumular alta de 3,5 pontos nos três meses anteriores, e atingiu 27,3 pontos. O indicador ficou 1,5 ponto menor que o observado em outubro e 8,4 pontos abaixo à média da série histórica iniciada em novembro de 2013. “Para o setor voltar a crescer, é necessário estabilizar a economia, consolidar a confiança e retomar o investimento”, destaca a economista da CNI Flávia Ferraz.
Fonte: CNI