As doenças transmitidas por mosquitos são muito comuns em todo o país, e as campanhas para controlá-las não param. Mas o que a construção civil tem a ver com Dengue, Zika, Febre Amarela e Chikungunya?
Você sabia que cerca de 20% dos focos de dengue estão em canteiros de obra?
As empresas da construção civil e os trabalhadores da construção tem um grande papel a desempenhar para eliminar os focos do mosquito Aedes Aegypti. Com o aumento da incidência de doenças em vários estados, a prevenção aos insetos se torna mais importante ainda.
Quem nunca viu uma obra abandonada com grandes poças d’água no terreno e lajes que acumulam água parada? Ou então, quem se preocupa em esticar as lonas, tapar os buracos e colocar cloro em reservatórios de água no canteiro de obras?
Há muito que pode ser feito pela indústria da construção!
#A situação do mosquito e das doenças nos estados
Em Santa Catarina, por exemplo, os casos de dengue aumentaram em 18% em 2016. Na Paraíba, o aumento foi de 48,61%, isso sem contar os casos de Zika e Chikungunya. No estado de Minas Gerais, a situação é ainda pior. Segundo o jornal Estado de Minas, o estado já registra 1.162 casos prováveis de dengue em 2017. Nos últimos sete dias, o número de notificações é seis vezes maior do na semana anterior, e também começaram a aparecer os primeiros casos suspeitos de Febre Chikungunya e de Zika Vírus.
#Febre Amarela
A Febre Amarela voltou a fazer vítimas, principalmente no estado de Minas Gerais: já são mais de 20 mortes confirmadas por causa da doença. Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942, mas é preciso ter cuidado!
A transmissão da Febre Amarela se dá através do mosquito Haemagogus nas zonas rurais. Nas áreas urbanas, o vetor é o Aedes Aegypti. Se uma pessoa infectada pela doença for picada por um Aedes Aegypti, a transmissão urbana pode voltar.
A febre amarela não possui um tratamento efetivo, mas existe uma vacina que previne a contaminação. Portanto se você mora em região passível de transmissão, o melhor é se vacinar. A vacina está disponível gratuitamente em postos de saúde em todo o país e tem validade de 10 anos.
Como combater mosquitos transmissores de doenças na construção civil?
Sua empresa também deve fazer a sua parte, participe no combate à dengue, zika e chikungunya no canteiro de obras!
Muitos estados e municípios têm adotado medidas para multar locais onde o mosquito transmissor é encontrado, como é o caso da prefeitura de Goiânia, que chegou a multar uma construtora em 19 mil reais por ter focos do Aedes em sua obra.
A prevenção também é um modo de evitar as doenças no trabalho. A técnica em edificações Sheyla Schneider diz em depoimento ao blog Vamos Construir que trabalhou em uma obra onde 80% das pessoas pegaram dengue por causa de um foco de larvas que não foi levado em consideração, o que dificultou muito o trabalho.
#Como fazer a minha parte?
É importante conscientizar as equipes de construção quanto à prevenção ao Aedes Aegypti no canteiro de obras. Pode-se aproveitar as oportunidades como as reuniões da CIPA e o local onde ficam armazenados os Equipamentos de Segurança Individual e Coletiva para alertar sobre o mosquito.
O ideal é preparar ou encontrar um material que alerte sobre o mosquito, as doenças que ele transmite e que contenha cartazes para afixar no local da construção e outras dicas práticas para eliminar o mosquito. Se cada um fizer a sua parte, é possível diminuir os focos do mosquito, melhorando assim, a saúde no ambiente de trabalho e na cidade!
# Veja algumas ações preventivas para o canteiro de obras
Algumas ações importantes para erradicar o mosquito no canteiro de obras:
– Evitar o acúmulo de água parada em recipientes (potes, baldes, masseiras, etc)
– Escoar a água parada de lajes, calhas, poços de elevador, lonas e fundações
– Estocar equipamentos de proteção e outros que possam acumular água em locais cobertos e seguros
– Cobrir caixas d’água e outros reservatórios de água
– Adicionar medidas de cloro em locais de estocagem de água não-potável (NÃO USAR cloro em reservatórios de água para uso humano ou animal)
– Descartar o lixo corretamente em sacos plásticos amarrados
– Afixar cartazes com informações para evitar acúmulo de água e lixo
– Conscientizar funcionários sobre a prevenção e os perigos do mosquito Aedes Aegypti por meio de palestras, reuniões e campanhas de vistoria.
– Fazer vistorias semanais para procurar por focos do mosquito e verificar se a prevenção está correta
Fonte: Terra