A crise na indústria da construção se aprofundou em novembro. O índice de evolução do nível de atividade caiu para 39,3 pontos e de número de empregados no setor recuou para 36,8 pontos, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira (16), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quanto mais abaixo dos 50 pontos maior e mais disseminada é a queda da atividade e do emprego no setor.
A pesquisa mostra ainda que a utilização da capacidade de operação das empresas ficou em 56% no mês passado, o mesmo nível de outubro. “Apesar de não mostrar nova queda, o indicador encontra-se 8,0 pontos abaixo da média histórica para o mês, o que reforça o fraco desempenho da indústria da construção”, avalia a CNI.
Com quase metade das máquinas, equipamentos e pessoal parada, os empresários estão pouco dispostos a investir. O índice de intenção de investimento caiu para 25,9 pontos neste mês e está abaixo do registrado em dezembro do ano passado e 9,5 pontos inferior à média histórica, que é de 35,4 pontos.
Diante desse cenário negativo, os empresários continuam pessimistas e esperam novas quedas na atividade, no emprego, na compra de matérias-primas e na contratação de novos empreendimentos e serviços. Todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses apresentaram queda em dezembro na comparação com novembro e continuam abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 12 de dezembro com 572 empresas em todo o país. Dessas, 177 são pequenas, 257 são médias e 138 são de grande porte.
Fonte: CNI