Os efeitos nocivos do amianto que provoca mortes por doenças como o câncer de pulmão, gastrintestinal e mesotelioma, entre outras doenças, são o tema de congresso internacional, que será realizado entre amanhã e sexta-feira (6 e 7), em Campinas (SP). Realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat), o evento tem o objetivo de aprofundar o debate do ponto de vista social e jurídico em busca do banimento da fibra mineral largamente usada na indústria da construção civil, especialmente no ramo de telhas e caixas d´água.
Aberto a todos os interessados e com inscrições gratuitas, o congresso que se estende até sexta-feira vai discutir também as consequências à saúde. Autoridades no assunto no cenário nacional e internacional vão ministrar palestras, painéis e mesas de debate.
De acordo com a procuradora do MPT Márcia Kamei Lopez Aliaga, já passou da hora de banir o amianto. “Essa questão é debatida há muitos anos no país, quando já existem substitutos viáveis economicamente para esta matéria-prima. Por isso, é importante trazer experiências de outros países que já baniram e ainda sofrem com os efeitos nefastos da exposição, com muitas mortes e doenças relacionadas, e com os passivos remanescentes.”
No dia 8, a Associação Brasileira de Expostos ao Amianto (Abrea) vai realizar o Encontro Nacional de Familiares e Vítimas do Amianto. O objetivo é reforçar a luta contra o uso da fibra considerada como catástrofe sanitária do século 20.
Serão compartilhadas experiências nacionais e internacionais na luta pela erradicação do amianto para a capacitação de ativistas para ações em diversas associações estaduais e locais, visando a planos de ação conjunta.
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Fonte: Rede Brasil Atual