Os custos fixos do imóvel, principalmente no que diz respeito à taxa de condomínio, pesam cada vez mais na decisão de compra. Não é por acaso que entre as famílias que ganham até cinco salários mínimos, 39,1% aceitariam pagar um custo extra por tecnologias que prevejam economia de água e energia. Para quem ganha mais de 20 salários mínimos, esse percentual sobe para 61,4% dos entrevistados na pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, a pedido da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Cientes desse viés não apenas financeiro, mas de consumo sustentável dos brasileiros, as construtoras oferecem cada vez mais alternativas para atender a esse apelo do mercado. Nos empreendimentos Sol e Terra, lançados pelo Grupo EPO, toda a água utilizada nos chuveiros e pias da suíte master será direcionada para um reservatório onde passará por tratamento e purificação para depois retornar na descarga dos vasos sanitários não apenas dos apartamentos, como também das áreas comuns do prédio.
“Já estimamos que isso poderá gerar uma economia de R$ 7 mil para cada torre. Além de afetar diretamente o morador na conta de água, também refletirá no custo do condomínio”, explica o gestor de obras do grupo, Marcus Vinícius Viana de Gouvêa. Os apartamentos localizados no Vale do Sereno, em Nova Lima, ainda contam com aquecimento solar e medidores individualizados de água e gás. “Com isso, a pessoa passa a ter mais consciência do consumo”, reconhece Marcus.
Piscinas de plástico são vilãs do consumo de água; saiba como economizar Economia, eficiência e redução de desperdício são alguns benefícios do steel frame Economia de energia em uma edificação vem em detalhes e é sempre bem-vinda A Tetum Engenharia, empresa do Grupo Somattos, também adota práticas que beneficiam o bolso dos condôminos. “Observamos que o valor do condomínio é levado em conta no ato da compra, independentemente da condição social do cliente”, observa a coordenadora de marketing do grupo, Patrícia Freitas. Para reduzir os gastos da área de lazer do empreendimento de dois e três quartos lançado na Região da Pampulha, toda a área da chuva é reaproveitada. “É feita essa captação da água pluvial para irrigação do jardim e uso geral do condomínio. Também entregamos os apartamentos com vaso sanitário de duplo acionamento, que é usado de acordo com o volume de água necessário”, explica Patrícia.
Para os empresários do setor, todas essas tecnologias garantem forte diferencial do empreendimento frente ao mercado e ainda pode ter efeito sob a velocidade de venda do imóvel. “São grandes argumentos de venda e garantem mais atributos para o apartamento”, reconhece Patrícia.
Adriana Silva de Assis Oliveira, diretora técnica da SAS Certificadora, orienta o consumidor interessado em um imóvel com características semelhantes a verificar as construtoras que detêm certificação ISO 14001 e se abrange edificações. “Isso significa que a empresa monitora aspectos que possam ter impactos negativos para o meio ambiente e tem um sistema de gestão ambiental implementado de maneira eficaz”, observa Adriana. A partir daí, é fundamental pesquisar as particularidades oferecidas em cada um dos empreendimentos da empresa. “Cabe ao consumidor começar a exigir isso porque o avanço nessa área ainda é lento. Hoje tem muito mais empresas certificadas em sistema de gestão de qualidade”, reconhece. Acompanhe também o Lugar Certo pelo Twitter Tags: mercado imobiliário imóveis sustentabilidade energia água economia tecnologia empreendimentos novos
Fonte: CBIC